Uma escola pode revolucionar nossa forma de pensar e redesenhar o mundo. A Bauhaus foi uma delas e pode ser chamada de ícone para uma transformação cultural através da comunicação visual, design e arquitetura. Foi através dela que hoje podemos ter objetos, construções e identidades corporativas com uma linguagem mais direta, simplificada e principalmente funcional.
Bauhaus Berlim
Hoje, a Bauhaus faz 100 anos. Criada em 12 de Abril de 1919, acolheu artistas, arquitetos engenheiros e construtores como Ludwig Mis Van de Hore, Walter Gropius, Kandinsky e influenciou pessoas extraordinárias tais como Gustav Klimt, Le Corbusier e Oscar Niemayer
Obras de Le Corbusier e Oscar Niemayer
A pioneira no conceito “menos é mais”, a Bauhaus, tinha como pilar central deixar o mundo da arquitetura e design mais simples e funcional, haja vista que movimentos anteriores como o Barroco e Art Noveau viveram a abundância de recursos materiais e econômicos antes da primeira Grande Guerra Mundial. O papel da escola era eliminar excessos e deixar ambientes mais funcionais, limpos de adornos e formas arredondadas, objetos com formas elegantes porém também pensados para produção em série, comunicação visual minimalista, funcionais, fáceis de ler e de reproduzir mas sem perder estilo artístico.
O Beijo: Gustave Klimt
Em homenagem a Bauhaus designers mundo a fora criaram marcas famosas com o estilo da escola e o resultado demostra a importância do movimento nas artes visuais. Abaixo podemos identificar simbolos e tipografias modificadas em marcas como Netflix, WWF, Burger King, – Google com a nossa imagem de capa- e até mesmo o Instagram.
A escola alemã resistiu a perseguição do governo nazista até 1933, quando foi completamente fechada por ser considerada de esquerda, contrária ao regime instalado naquele país.
Em discussão muito recente no Brasil sobre o papel das escolas e universidades, podemos afirmar que uma escola pode pensar e fazer do mundo um lugar muito mais acessível, funcional, bonito e até mesmo de paz.
Esse texto foi escrito por:
Especialista em design estratégico e professor executivo da FGV e Instituto INFNET | ECDD